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Investir no mercado de ações quase sempre requer, em algum momento, uma estratégia de diversificação da carteira para garantir uma boa rentabilidade. Uma carteira bem montada depende não apenas de intuição, mas também de uma análise cuidadosa, baseada no perfil do investidor, que permita selecionar as empresas que devem ou não compor determinado portfólio.

 

Com abordagens distintas, as análises fundamentalista e técnica são os dois principais métodos de avaliação de ações usados atualmente. Ambos foram desenvolvidos para ajudar investidores a tomar decisões informadas, levando em conta aspectos como o controle de risco de investimento, a possibilidade de participar da propriedade de uma empresa, a liquidez e a chance de receber dividendos mensais.

 

Continue a leitura e avalie a importância de entender as diferenças entre esses métodos para desenvolver uma estratégia de investimento bem-sucedida.

 

O que é análise de ações?

 

Tendo como objetivo central selecionar as ações que oferecem as melhores oportunidades para determinada carteira ou perfil de investidor, a análise de ações é uma ferramenta fundamental para qualquer investidor que pretenda navegar com sucesso no complexo mundo do mercado de valores.

 

Ela consiste em avaliar a saúde financeira, o desempenho e o potencial de crescimento de uma empresa, assim possibilitando decisões informadas sobre compra, venda ou manutenção de suas ações.

 

Pautada pela avaliação de oportunidades e riscos, a análise de ações pode estar voltada tanto aos investidores de curto prazo, cujo interesse é baseado na volatilidade do mercado, usada para obter maiores retornos em períodos mais curtos, como para investidores de médio e longo prazo, interessados em comprar e manter aqueles ativos por um período mais longo, durante o qual receberá juros ou dividendos sobre o capital próprio.

 

Existem dois métodos principais de análise: a fundamentalista e a técnica, cada um com suas próprias técnicas e focos específicos.

 

Análise fundamentalista: foco nos fundamentos

 

Bastante difundida no mercado, a análise fundamentalista examina uma ampla gama de informações sobre a empresa e o ambiente em que opera. Isso inclui a análise de demonstrações financeiras, como balanços patrimoniais, demonstrações de resultados e fluxos de caixa, além de indicadores econômicos como taxas de juros, inflação e desempenho do setor ao qual a empresa pertence.

 

O objetivo da análise fundamentalista é determinar o valor intrínseco de uma ação, ou seja, quanto ela realmente vale. Se o valor intrínseco for superior ao preço de momento de mercado, a ação pode ser considerada subvalorizada, consistindo, portanto, em uma boa compra. Em contrapartida, se o valor intrínseco for inferior ao preço de mercado, a ação pode estar sobrevalorizada.

 

Os principais elementos da análise fundamentalista incluem:

 

a) Desempenho financeiro

 

A análise das demonstrações financeiras é o alicerce da análise fundamentalista. Três principais documentos devem ser examinados:

 

• Balanço Patrimonial: oferece uma fotografia da situação financeira da empresa em determinado momento, mostrando ativos, passivos e o patrimônio dos acionistas.

• Demonstração de Resultados: apresenta a receita, as despesas e o lucro ou prejuízo da empresa durante um período específico.

• Demonstração de Fluxos de Caixa: revela como a empresa gera e emprega o dinheiro, destacando suas capacidades de operação, investimento e financiamento.

 

b) Indicadores financeiros

 

Uma vez que as demonstrações financeiras são compreendidas, diversos indicadores financeiros podem ser usados para avaliar a saúde e o desempenho da empresa. Alguns dos mais importantes incluem:

 

• Relação Preço/Lucro (P/L): compara o preço atual da ação com o lucro por ação, ajudando a determinar se a ação está sendo negociada a um valor justo.

• Retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROE): Mede a eficiência da empresa em gerar lucros a partir de seu patrimônio líquido.

• Margem de Lucro: Indica a porcentagem de receita que se traduz em lucro após a dedução de custos e despesas.

• Dívida Líquida sobre EBITDA: Fornece uma indicação do tempo que levaria para a empresa pagar sua dívida se o EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) permanecesse constante.

• Valor Intrínseco: refere-se a quanto a empresa realmente vale e não apenas ao preço de suas ações. Ao determinar o valuation, considerando indicadores financeiros e modelo de negócio, o investidor poderá avaliar se a ação está subvalorizada, supervalorizada ou com preço justo.

 

c) Governança corporativa

 

A qualidade da gestão e as práticas de governança corporativa podem ter um impacto significativo no desempenho de uma empresa. Investidores devem avaliar a experiência e o histórico da equipe de gestão, bem como suas políticas de transparência, responsabilidade e ética.

 

d) Análise setorial e de mercado

 

Compreender o setor em que a empresa opera e sua posição dentro desse mercado é crucial para o investidor. Isso inclui analisar a concorrência, o tamanho do mercado, barreiras de entrada, regulamentações e tendências setoriais.

 

e) Cenário econômico

 

A análise fundamentalista também leva em consideração fatores macroeconômicos, como taxas de juros, inflação, crescimento econômico e políticas governamentais que podem afetar o desempenho da empresa e do setor.

 

Influência da análise fundamentalista na tomada de decisão

 

• Investimentos de longo prazo: a análise fundamentalista é mais adequada para investidores com uma perspectiva de longo prazo, pois leva em consideração o potencial de crescimento sustentável da empresa.

• Compra e venda baseadas em valor: as decisões de compra são frequentemente tomadas quando uma ação está sendo negociada abaixo de seu valor intrínseco, sugerindo que ela está subvalorizada. Por outro lado, vender ações que estão sendo negociadas acima de seu valor intrínseco pode ser visto como uma oportunidade para lucrar antes de uma possível correção de mercado.

 

Análise técnica: entendendo os padrões de preço

 

Diferentemente da análise fundamentalista, mas frequentemente usada para complementá-la, a análise técnica se concentra no estudo de gráficos de preços das ações e no volume de negociações, desconsiderando os fundamentos da empresa. Os analistas técnicos entendem que o preço de uma ação já reflete todas as informações disponíveis e que a chave para prever movimentos futuros de preços reside na análise de padrões e tendências passadas.

 

A análise técnica utiliza uma variedade de gráficos e indicadores matemáticos para identificar tais padrões. Entre os conceitos mais comuns estão:

 

a) Médias móveis (MM)

 

As médias móveis estão entre os indicadores mais populares e fáceis de entender. Elas suavizam os dados de preços para criar uma linha de tendência única, ajudando a identificar a direção geral do movimento do mercado. As mais comuns são a média móvel simples (MMS) e a média móvel exponencial (MME), que atribuem pesos diferentes aos dados, sendo a MME mais sensível às mudanças de preço recentes.

 

b) Índice de Força Relativa (IFR ou RSI)

 

O Índice de Força Relativa é um oscilador de momentum que mede a velocidade e a mudança dos movimentos de preços. Varia de 0 a 100 e é tipicamente usado para identificar condições de sobrecompra ou sobrevenda no mercado. Valores acima de 70 geralmente indicam sobrecompra, sugerindo que um ativo pode estar sendo valorizado excessivamente e poderia enfrentar uma reversão de tendência. Por outro lado, valores abaixo de 30 indicam sobrevenda, sugerindo que um ativo pode estar desvalorizado.

 

c) Bandas de Bollinger

 

As Bandas de Bollinger consistem em uma média móvel com duas bandas externas posicionadas a dois desvios padrão acima e abaixo da média móvel. Esse indicador é usado para avaliar a volatilidade e o potencial de oscilação do preço de um ativo. Quando as bandas se alargam, a volatilidade é maior; quando se estreitam, a volatilidade é menor. Os preços tendem a saltar entre as Bandas de Bollinger, e esses movimentos podem indicar pontos de compra ou venda.

 

d) Volume

 

Embora tecnicamente não seja um indicador como os outros já mencionados, o volume é uma parte crucial da análise técnica. Ele fornece informações sobre a força de um movimento de preço. Por exemplo, um aumento no preço acompanhado por um volume alto é visto como um sinal de força, enquanto um aumento no preço com volume baixo pode indicar falta de apoio técnico.

 

Influência da análise técnica na tomada de decisão

 

• Investimentos de curto a médio prazo: a análise técnica é ideal para traders ou investidores que buscam capitalizar sobre a volatilidade do mercado. A análise técnica oferece insights sobre o melhor momento para comprar ou vender um ativo.

• Decisões baseadas em tendências e padrões: utilizando indicadores como médias móveis, RSI e Bandas de Bollinger, os investidores podem identificar pontos de entrada e saída potencialmente lucrativos, reagindo rapidamente às mudanças de mercado.

 

Combinando as duas análises

 

Muitos investidores experientes não se limitam a uma única abordagem, optando por combinar elementos de ambas as análises para informar suas decisões de investimento. Por exemplo, um investidor pode usar a análise fundamentalista para selecionar empresas com bons fundamentos e perspectivas de crescimento e, em seguida, aplicar a análise técnica para determinar o melhor momento para entrar ou sair de uma posição.

 

Benefícios da combinação:

 

• Diversificação de estratégias: a combinação de análises aumenta a diversidade de estratégias de investimento, permitindo que os investidores se adaptem melhor às condições de mercado em constante mudança.

• Equilíbrio entre valor e tempo: enquanto a análise fundamentalista ajuda a identificar ativos sub ou sobrevalorizados, a análise técnica pode otimizar o timing das transações, potencialmente maximizando os retornos.

 

Como vimos, tanto a análise fundamentalista quanto a técnica oferecem abordagens valiosas para a tomada de decisões de investimento. A escolha entre uma ou outra, ou a decisão de combinar ambas, dependerá dos objetivos individuais do investidor, do horizonte de tempo e da tolerância ao risco. Ao entender como cada análise influencia as decisões de compra e venda, é possível navegar no mercado com mais confiança e alcançar melhores resultados nos investimentos

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